A Natureza em mim
A chuva cai lá fora
Não com a mesma intensidade
que cai aqui dentro.
Dos meus olhos,
Relâmpagos.
Da minha face
Rios que transbordam,
Trombas d'água,
Enxurradas que alagam.
Do meu coração
Trovões que estremecem
as paredes do meu peito.
A chuva cai lá fora.
Mas a tempestade
está aqui dentro.
Da minha alma
ventos a mil por hora.
As minhas mãos
mais geladas que o granizo.
A chuva para
lá fora.
Como toda chuva de verão.
Agora, observo os estragos
Passageiros como a chuva
que caía lá fora
Mas a tempestade aqui dentro
parece eterna.
"E o povo então poderá cantar seus próprios cantos, porque os poetas serão em maior número e a poesia há de velar."[V.M.]
segunda-feira, agosto 30, 2010
sexta-feira, agosto 27, 2010
quarta-feira, agosto 18, 2010
Art[e][i]manha
Não me chame de Maria
Me chame de minha
minha mulher
minha nega
minha sina
É que eu não quero ser
para você
apenas Maria,
Maria sozinha
Me pega pela cintura
Me deixa segura
Me segura pelo quadril
Não me deixa fugir
Não me deixa partir
Sinta vontade de mim
E quando eu lhe disser não
Clame por um sim
Me cheira,
Me beija,
Faça com que eu queira o
SIM!
Não me chame de Maria
Me chame de minha
minha mulher
minha nega
minha sina
É que eu não quero ser
para você
apenas Maria,
Maria sozinha
Me pega pela cintura
Me deixa segura
Me segura pelo quadril
Não me deixa fugir
Não me deixa partir
Sinta vontade de mim
E quando eu lhe disser não
Clame por um sim
Me cheira,
Me beija,
Faça com que eu queira o
SIM!
terça-feira, agosto 17, 2010
Zeca Baleiro
Quando você pinta tinta nessa tela cinza
Quando você passa doce dessa fruta passa
Quando você entra mãe benta amor aos pedaços
Quando você chega nega fulô
Boneca de piche, flor de azeviche
Você me faz parecer menos só, menos sozinho
Você me faz parecer menos pó, menos pozinho
Quando você fala bala no meu velho oeste
Quando você dança lança flecha estilingue
Quando você olha molha meu olho que não crê
[...]
O que João quer ouvir de Maria.
Fala meu nome
No breu
Na minha cama
Seu corpo no meu
Faça-me tua, como a lua que
Você me deu
No breu
De uma rua escura que
Você escolheu
Não quero querer
Quero satisfazer
O teu querer
Me faça mulher
Me prove de colher
(me) Experimente!
Venha e teu frio
Em mim
(me) Esquente!
Mergulha em meu rio.
Quente!
Quente! (não)
Pára!
Me olha na cara!
Que eu acorde, então!
Tanto alarde, em vão!
Que desfecho é esse
Que me enlouquece?!
Me pega!
Me toca!
Me roça!
Me fala!
Um Beijo?!
Não!
Fala meu nome
No breu
Na minha cama
Seu corpo no meu
Faça-me tua, como a lua que
Você me deu
No breu
De uma rua escura que
Você escolheu
Não quero querer
Quero satisfazer
O teu querer
Me faça mulher
Me prove de colher
(me) Experimente!
Venha e teu frio
Em mim
(me) Esquente!
Mergulha em meu rio.
Quente!
Quente! (não)
Pára!
Me olha na cara!
Que eu acorde, então!
Tanto alarde, em vão!
Que desfecho é esse
Que me enlouquece?!
Me pega!
Me toca!
Me roça!
Me fala!
Um Beijo?!
Não!
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